quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Amatoria sem Ars

Faça-te chuva madrugada
Pra que a manhã prostrada
Se envaideça do meu rosto sóbrio

E com a língua da vaidade
Molhada de chuva
Lamba minha sede de amor

Que eu não posso mais
Com tanta dor
De amar e não amar
No fundo é sempre horror

Sofro com sua presença
Como com sua ausência
Sou apenas mais um soldado
Pungido com essa ideia tosca
De embeber-se em roma
Gole, a gole
E transbordar-se de drama!

Quando não expulso por um Augusto
Engolido pela vaidade, pelo ciumes, pelo tempo...
Por tudo!

E a chave da felicidade
Só nos mostra idade
Lembrança com saudade
Enfim se resume amor!

Quatro palavras
De mil significados comuns e abstratos
Quando nada mais são que instantes
Que até parece toda a vida
Possuída e farsante.


                                Ivy Coelho
                               10/12/2010

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