Pra que a manhã prostrada
Se envaideça do meu rosto sóbrio
E com a língua da vaidade
Molhada de chuva
Lamba minha sede de amor
Que eu não posso mais
Com tanta dor
De amar e não amar
No fundo é sempre horror
Sofro com sua presença
Como com sua ausência
Sou apenas mais um soldado
Pungido com essa ideia tosca
De embeber-se em roma
Gole, a gole
E transbordar-se de drama!
Quando não expulso por um Augusto
Engolido pela vaidade, pelo ciumes, pelo tempo...
Por tudo!
E a chave da felicidade
Só nos mostra idade
Lembrança com saudade
Enfim se resume amor!
Quatro palavras
De mil significados comuns e abstratos
Quando nada mais são que instantes
Que até parece toda a vida
Possuída e farsante.
Ivy Coelho
10/12/2010
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