segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Sinfonia dos desafinados

Oh, os meus olhos tão cansados
Parecem já não acreditar em você
Miragem, erva daninha
Cresce lambuzando meu nariz
Oh, ar venenoso!

Meu amor é sinfonia
Sem ouvidos para entrar
Instrumentos sem saídas pro som
Cartas ao mar

Eu espero em março
Amasso e desfaço seu olhar

Eu espero mormaço
Atraso e disfarço o meu pesar

E eu já não sei bem
O que é perder ou ganhar

Desafino violino
Que um maestro não há de reger
Desafio baixinho
Um chorinho que não há de ceder

À uma música sem nome,
Outro monte de clichê.

                              
                                Ivy Coelho
                                   30/11/10

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